IGUALDADE DE GÊNERO,RAÇA/ETNIA NA EDUCAÇÃO FORMAL- Família, Hierarquias e a interface público/privado.

terça-feira, 1 de maio de 2012

A RELAÇÃO DE GÊNERO VIGENTE NA EDUCAÇÃO FORMAL/INFORMAL DA SOCIEDADE

Na contemporaneidade discute-se a reivindicação sólida de um relacionamento mais igualitário de direitos entre mulheres e homens, mas que encerram  consigo resistências oriundas de uma cultura patriarcal milenar, tirânicas às mulheres, tornando-as mira de violência, especialmente no espaço doméstico.
O tema da violência se tornou hodiernamente analisado em razão de contar com uma maior visibilidade, através de maciça divulgação pela mídia e pela internet, sem contar com campanhas, a Globalização, ações do governo e de instituições civis enfocando a questão. Designadamente a violência de gênero no espaço doméstico trata-se de uma reação a uma relação desigual e, por isso, discriminatória, mas intimamente ligada à violência, revelada pela lei, como delito e a promovida pelo Estado.
Percebe-se a dicotomia poder/ hierarquia como castas inseridas no significado de violência, que ainda traz consigo valores culturais enraizados como o patriarcado gerando, com a busca por igualdade e liberdade das mulheres, novas situações de conflitos. Indica um poder que produz domínios e rituais de verdade com a intenção de adestrar, de impor uma “docilidade-utilidade” com o objetivo de manter a própria dinâmica social.
A violência, seja como ação ou omissão, que atinge a autonomia da mulher como sujeito e por se encontrar numa relação desigual com o homem, impondo-se a ela, uma posição de submissão tanto no espaço público como no privado.
Este fato “cristaliza” uma hierarquia, fortalecendo-a e gerando uma internalização da desigualdade que a caracteriza, como modelo das relações entre os sexos. A desigualdade, longe de ser natural, é posta pela tradição cultural, pelas estruturas de poder, pelos agentes envolvidos na trama de relações sociais.
Todos os escritos legais, históricos, literários e religiosos contribuem para se entender o status desigual da mulher, explicando porque as mulheres foram transformadas em vítimas adequadas da violência marital. Os únicos papéis permitidos às mulheres no mundo real e no imaginário sempre foram o de esposa, mãe, filha, amante, prostituta ou santa. E quando as mulheres se apresentam com uma identidade distinta da prescrita, a mesma é desvalorizada e castigada.
POSTADO POR MARISTELA GARCIA PIOVEZAN E RENILZA KUSTER

BIBLIOGRAFIA
MOREIRA, Ribeiro S, Costa K. Violência contra a mulher na esfera conjugal: jogo dos espelhos. In: Costa AO, Bruschini C, organizadores. Entre a virtude e o pecado. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos; São Paulo: Fundação Carlos Chagas; 1992. p. 169-90.
CHAUI M., Participando do debate sobre mulher e violência. In: Perspectivas antropológicas da mulher. Rio de Janeiro: Zahar; 1985. p. 15-27.

Um comentário:

  1. Quais os desafios enfrentados para a redução da discriminação do gênero vigente?

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